Receita Federal apreende 664 kg de cocaína em carga de resina no Porto de Santos

Receita Federal apreende 664 kg de cocaína em carga de resina no Porto de Santos

Apreensão audaciosa de cocaína em Santos: queda de braço contra o tráfico internacional

Nem tudo que chega pelo Porto de Santos é o que parece. Em meio a toneladas de resina de hidrocarboneto, um produto com aparência inofensiva que vai para a indústria, agentes da Receita Federal descobriram o que traficantes tentaram esconder dos olhos da lei: 664 kg de cocaína, cuidadosamente camuflados em uma carga de 100 toneladas. O flagra aconteceu durante uma inspeção aduaneira rotineira, mas o impacto da apreensão mexeu com todo o sistema portuário brasileiro.

Santos, o maior porto da América Latina, sempre foi um alvo preferencial para o crime organizado. Rotas marítimas facilitam a remessa clandestina de drogas para o exterior, principalmente Europa e África, onde o valor da cocaína dispara. A operação, realizada no dia 22 de maio de 2025, envolveu uma sintonia fina entre Receita Federal e Polícia Federal. Apesar da grande quantidade de droga retirada de circulação, ninguém foi preso — algo comum em apreensões desse tipo, pois as remessas costumam ser despachadas por intermediários, dificultando o flagrante dos verdadeiros responsáveis.

O esconderijo escolhido pelos criminosos mostra o quanto o tráfico investe em técnicas avançadas para burlar a fiscalização. O uso de resinas e cargas químicas serve para dificultar a detecção dos entorpecentes, já que interferências químicas e visuais enganam tanto aparelhos quanto agentes. Mesmo assim, a Receita Federal está cada vez mais equipada: scanners, análise de risco e treinamento especializado de agentes têm garantido números recordes de apreensão nos últimos anos.

Porto de Santos vira campo de batalha contra traficantes

O Porto de Santos não para — são milhares de contêineres entrando e saindo diariamente. Cada operação bem-sucedida vira uma mensagem clara: o combate ao tráfico é prioridade, independente das barreiras tecnológicas ou logísticas que surjam no caminho. A apreensão desta semana já entra para a lista das maiores de 2025, reforçando a pressão sobre as organizações criminosas espalhadas pelo país.

Mesmo sem a confirmação sobre a origem ou destino final da carga, autoridades acreditam que parte desses carregamentos acaba saindo do Brasil para abastecer quadrilhas internacionais. Para a Receita e a Polícia Federal, cada apreensão relevante alimenta investigações complexas, que buscam mapear rotas, métodos e, acima de tudo, identificar os cérebros por trás desse tráfico milionário. O prejuízo para o crime organizado é grande: além da droga, o investimento em logística, transporte e corrupção se perde, minando a estrutura das quadrilhas.

  • 664 kg de cocaína apreendidos
  • Droga escondida em carga de 100 toneladas de resina
  • Operação conjunta entre Receita Federal e Polícia Federal
  • Porto segue como foco das ações contra o tráfico internacional

Enquanto nenhuma prisão é registrada, a pressão não diminui. Ao contrário, cada interceptação alimenta a guerra silenciosa contra o tráfico, expondo fragilidades e forçando o crime a novas tentativas — que, com sorte, encontrarão a mesma resistência das equipes de fiscalização brasileiras.