Libertadores 2025: chaveamento, resultados das oitavas e guia para assistir aos jogos

O sorteio das oitavas de final da Libertadores 2025, realizado na sede da Conmebol, em Luque, colocou os principais candidatos frente a frente e ainda reservou um clássico nacional logo de cara: Flamengo x Internacional. A fase eliminatória começou colada ao calendário do Mundial de Clubes nos Estados Unidos e escancarou um cenário que já virou rotina no continente: brasileiros em peso, argentinos no encalço e uma corrida por prêmios que mudam o orçamento de qualquer clube.
Chaveamento, quem passou nas oitavas e o que vem por aí
O formato das oitavas manteve a divisão em dois potes, separando líderes de grupos (cabeças de chave) e vice-líderes. Isso garante, no papel, algum equilíbrio inicial e o mando do jogo de volta para quem fez melhor campanha na fase de grupos. Como desde 2022 não existem mais gols qualificados fora de casa, qualquer empate no agregado leva a decisão direto para os pênaltis (sem prorrogação), com VAR operando em todas as partidas.
Os confrontos das oitavas tiveram seis times do Brasil: Flamengo, Internacional, Palmeiras, São Paulo, Botafogo e Fortaleza. O emparelhamento puxou um duelo de peso entre Flamengo e Internacional, um choque doméstico em noite continental. Os demais pegaram adversários de fora: o Palmeiras cruzou com o Universitario (Peru), o São Paulo encarou o Atlético Nacional (Colômbia), o Botafogo duelou com a LDU (Equador) e o Fortaleza mediu forças com o Vélez Sarsfield (Argentina).
No recorte país a país, a etapa também levou ao mata-mata River Plate, Estudiantes, Racing e Vélez Sarsfield (Argentina); Libertad e Cerro Porteño (Paraguai); Universitario (Peru); LDU (Equador); Atlético Nacional (Colômbia); e Peñarol (Uruguai). O bloco mostra diversidade, mas com brasileiros e argentinos concentrando a maior parte das vagas e, claro, das expectativas.
Em campo, a fotografia das oitavas misturou drama e queda precoce. O Fortaleza foi o primeiro brasileiro a se despedir, superado pelo Vélez. O Botafogo também parou, derrotado pela LDU. Do outro lado, houve respiro e muita tensão positiva: o São Paulo avançou nos pênaltis contra o Atlético Nacional, enquanto Palmeiras e Flamengo confirmaram o favoritismo e avançaram aos trancos que esse tipo de fase costuma exigir. Com isso, o Internacional ficou pelo caminho diante do rival rubro-negro.
Com as vagas definidas, o chaveamento das quartas de final ficou assim: São Paulo x LDU; River Plate ou Libertad x Palmeiras; Vélez Sarsfield x Racing; Estudiantes x Flamengo. As datas da Conmebol mantêm o bloco tradicional: 17 de setembro (ida) e 24 de setembro (volta). As semifinais acontecem em 22 e 29 de outubro.
A final única está marcada para 29 de novembro de 2025, no Estadio Monumental, em Lima, no Peru — palco que a torcida do Flamengo conhece bem desde a decisão de 2019, vencida sobre o River Plate em uma virada histórica. A escolha reforça o desenho recente da Conmebol: um jogo único em estádio neutro, atmosfera de festa e tudo decidido em 90 minutos (com prorrogação e pênaltis, se necessário, apenas na final).
Além do peso esportivo, há o fator financeiro, que hoje dita planejamento e janela de elenco. A Conmebol paga US$ 1,25 milhão pela presença nas oitavas, US$ 1,7 milhão na ida às quartas, US$ 2,3 milhões aos semifinalistas, US$ 7 milhões ao vice e US$ 24 milhões ao campeão. Em moeda forte, é uma escada de receita que pode bancar folha salarial, segurar jogador e até alterar o rumo de uma temporada.
Olhe para cada confronto e dá para pinçar histórias. O São Paulo encara uma LDU conhecida pelo jogo físico e pelo impacto da altitude de Quito — quem sobreviver precisará administrar energia e estratégia fora de casa. O Palmeiras, firme na execução e cirúrgico em mata-mata, pega River ou Libertad, dois estilos diferentes: intensidade e pressão dos argentinos ou a marcação dura dos paraguaios. O Flamengo, por sua vez, encara o Estudiantes, clube copeiro por essência. Já Vélez x Racing reúne dois argentinos em fase de reconstrução, mas acostumados a travar batalhas pesadas em torneios continentais.
Mesmo com a maratona pós-Mundial de Clubes e calendarização apertada em agosto, os clubes ajustaram rotação e aprofundaram elenco. O recado foi claro: quem não tiver banco vai sofrer. Para os brasileiros, a gestão de minutos entre Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil vira quase uma ciência — e pesa na reta final.

Guia para assistir, horários e logística do mata-mata
As oitavas foram disputadas entre 13 e 20 de agosto, encaixadas logo após o Mundial de Clubes. As quartas acontecem em 17 e 24 de setembro; as semifinais, em 22 e 29 de outubro; e a decisão, em 29 de novembro, em Lima. Guarde essas datas no calendário e ative alertas no celular — o hábito simples evita confusão, principalmente em semanas com jogos consecutivos.
Como acompanhar os jogos? A orientação é checar a programação dos detentores oficiais de transmissão no Brasil, tanto na TV aberta quanto no streaming. A grade costuma ser confirmada na semana do jogo, com ajustes por praça e por faixa de horário. No streaming, vale conferir com antecedência se o plano contratado dá acesso ao conteúdo ao vivo, testar login e conexão e, se possível, atualizar o app no dia da partida. Em dias de pico, preparar uma conexão reserva (dados móveis, por exemplo) pode salvar a noite.
Fuso horário e logística também contam. Partidas em países andinos e no Cone Sul podem ter início mais cedo no horário de Brasília. Em cidades de altitude, como Quito, o ritmo do jogo muda: menos intensidade em alguns trechos e bola aérea mais viva. Para quem acompanha de casa, é válido entrar na transmissão um pouco antes: muitas vezes os repórteres trazem informações de gramado, clima e escalações de última hora que explicam o que acontece no jogo.
Quer seguir todos os confrontos? Uma boa prática é montar um “roteiro da rodada” por dia de jogo: horários, canal de transmissão, elenco provável e cenário de classificação. Nas fases de ida e volta, a conta é simples: soma dos placares define o classificado; se houver empate no agregado, decisão por pênaltis. Não há gol qualificado fora de casa, então a matemática é direta.
Para quem gosta de antecipar a rota até Lima, o caminho ficou desenhado no chaveamento: o vencedor de São Paulo x LDU cruza na semi com quem passar de Estudiantes x Flamengo; do outro lado, sai da chave River/Libertad x Palmeiras contra o ganhador de Vélez x Racing. É a parte do torneio em que o detalhe manda: bola parada, banco que decide e goleiro pegando pênalti viram diferença entre festa e frustração.
A disputa, claro, não é só dentro de campo. Com prêmios escalonados, cada fase rende caixa e muda o tom do debate interno: vende agora, renova depois? Segura titular para a volta em casa? Troca esquema para encarar altitude? O mata-mata força decisões rápidas. E a Libertadores, mais do que qualquer outra competição das Américas, costuma cobrar caro quando a leitura do momento falha.
O cenário pós-oitavas deixou o recado: brasileiros continuam fortes, mas não caminham sozinhos. Argentineiros experientes, equatorianos acostumados à altitude e paraguaios obsessivos na marcação seguem no mapa. Com quartas marcadas e final definida para o Monumental de Lima, a temporada continental entra na sua fase mais tensa — aquela em que cada lance parece decisivo e cada detalhe pode virar manchete.