AC/DC volta ao Brasil com três shows em São Paulo em 2026, após 17 anos sem atuar no país

AC/DC volta ao Brasil com três shows em São Paulo em 2026, após 17 anos sem atuar no país

A espera acabou. Depois de 17 anos sem pisar no Brasil, o AC/DC confirmou seu retorno com três shows históricos em São Paulo, em fevereiro e março de 2026. Os shows acontecerão no MorumBIS Stadium, no dia 24 de fevereiro, 28 de fevereiro e 4 de março — este último adicionado apenas dois dias após o anúncio inicial, tamanha a demanda. A notícia, divulgada oficialmente em 3 de novembro de 2025, desencadeou uma onda de euforia entre os fãs brasileiros, que lembram com saudade o último show da banda no país, em 18 de novembro de 2009, no mesmo estádio, durante a turnê Black Ice. A volta é mais do que um evento musical: é um resgate de uma era, uma homenagem ao passado e, sobretudo, uma celebração da resistência do rock and roll.

Um retorno que o Brasil esperava há quase duas décadas

O AC/DC nunca foi apenas uma banda. Foi um fenômeno cultural, um símbolo de rebeldia pura, com riffs que viraram hinos e um vocalista cuja voz ainda ecoa em cada garagem do país. Desde 2009, os fãs brasileiros viram a turnê Power Up passar pela Europa e pelos Estados Unidos — mas sem nenhum show na América Latina. A exclusão gerou frustração. Muitos achavam que o Brasil havia sido esquecido. Mas não foi. A decisão de incluir São Paulo como ponto de partida da etapa latino-americana foi um sinal claro: o público brasileiro é um dos mais apaixonados do mundo, e a banda não poderia ignorar isso.

Os shows, os preços e o que está em jogo

As ingressos começaram a ser vendidos às 10h do dia 7 de novembro de 2025, pelo Ticketmaster Brasil. Em menos de 24 horas, os ingressos para os dois primeiros shows já estavam com baixa disponibilidade — o que levou à confirmação imediata do terceiro show. Os preços variam de R$425 a R$1.590, divididos em categorias: arquibancada (R$850), pistas (R$1.350), cadeira superior (R$1.490) e cadeira inferior (R$1.590). Há meia-entrada para estudantes, idosos e pessoas com deficiência. É possível parcelar em até seis vezes sem juros. O detalhe? O The Pretty Reckless, banda americana liderada por Taylor Momsen, fará a abertura em todos os shows. A escolha foi estratégica: Momsen, ex-atriz de Gossip Girl, traz uma nova geração de fãs que cresceu com o rock moderno, mas respeita as raízes.

Quem está no palco hoje — e quem não está mais

A banda que subirá ao palco em 2026 não é a mesma de 1985, nem a de 2009. O fundador e ritmista Malcolm Young, irmão de Angus e cérebro por trás dos riffs mais icônicos, faleceu em 18 de novembro de 2017. Sua ausência foi sentida profundamente. Mas a família não deixou o legado morrer. Seu sobrinho, Stevie Young, assumiu o cargo de ritmista em 2008 e se tornou parte essencial da nova formação. Hoje, com 69 anos, Angus Young continua vestindo o uniforme de aluno e correndo pelo palco como se tivesse 20. Ainda com a mesma energia, ainda com o mesmo sorriso malicioso. A voz de Brian Johnson, que voltou após um período de ausência por problemas auditivos, também está de volta — e mais poderosa do que nunca.

Essa turnê, portanto, não é só uma apresentação. É um ato de memória. Um tributo silencioso a Malcolm. Um sinal de que o AC/DC não se rendeu. Nem à idade, nem à perda, nem ao tempo.

Por que São Paulo? Por que agora?

Por que São Paulo? Por que agora?

O MorumBIS Stadium — conhecido antes como Estádio Cícero Pompeu de Toledo — tem capacidade para 45 mil pessoas e já recebeu nomes como U2, Rolling Stones e Metallica. Mas nunca antes um show de rock tão puro, tão direto, tão sem filtros, havia sido realizado ali após sua rebranding. O estádio, lar do São Paulo Futebol Clube, é um espaço que simboliza a identidade da cidade. E o AC/DC, com sua música sem concessões, combina perfeitamente com essa energia.

Além disso, a escolha de São Paulo como ponto de partida da turnê latino-americana tem um peso simbólico. O Brasil é o único país da região que já recebeu a banda em todas as suas grandes turnês: Rock in Rio 1985, Ballbreaker em 1996, Black Ice em 2009. Agora, em 2026, será a quarta vez. E a mais emocional.

Um legado de mais de 200 milhões de discos vendidos

O AC/DC vendeu mais de 200 milhões de discos no mundo inteiro, segundo dados da Atlantidasc. O álbum Back in Black, lançado em 1980 em homenagem a Malcolm, é o segundo mais vendido da história — atrás apenas de Thriller. E será o centro do setlist em São Paulo. Cinco músicas dele estão na lista: “Hells Bells”, “Back in Black”, “Shoot to Thrill”, “What Do You Do for Money Honey” e “Given the Dog a Bone”. O repertório vai de TNT (1975) a Power Up (2020), passando por clássicos como “Highway to Hell”, “Thunderstruck” e “You Shook Me All Night Long”.

É uma viagem pelo tempo. E todos os que estiverem lá em 2026 saberão: isso não é só um show. É um ritual.

O que vem depois?

O que vem depois?

Após São Paulo, o AC/DC segue para Santiago, Buenos Aires e Cidade do México. Mas o Brasil já foi o ponto de partida. E talvez o mais importante. Ainda não há confirmação de mais datas na América Latina, mas os fãs já estão pedindo: Rio, Belo Horizonte, Salvador. A banda não disse nada. Mas a reação do público — e a rapidez com que os ingressos sumiram — diz tudo. Se houver demanda, o AC/DC vai voltar. Eles sempre voltam.

Frequently Asked Questions

Quais são as datas exatas dos shows do AC/DC em São Paulo em 2026?

Os shows ocorrerão em 24 de fevereiro, 28 de fevereiro e 4 de março de 2026, todos no MorumBIS Stadium. O terceiro show foi adicionado em 7 de novembro de 2025, após a esgotagem rápida dos ingressos para os dois primeiros. O The Pretty Reckless será a abertura em todas as datas.

Quem está no lineup da banda hoje, e como está a situação de Malcolm Young?

O guitarrista rítmico Malcolm Young faleceu em 2017. Seu lugar é ocupado por seu sobrinho, Stevie Young, que já atuava na banda desde 2008. Angus Young (guitarra principal), Brian Johnson (vocal) e Phil Rudd (bateria) permanecem como pilares. A formação atual é a mais estável desde os anos 90, e a química no palco ainda é brutal.

Por que os ingressos estão tão caros e ainda assim estão esgotando rápido?

Os preços variam de R$425 a R$1.590, mas a escassez de shows (apenas três em toda a América Latina) e a demanda histórica fazem com que os ingressos sejam disputados como ouro. O AC/DC nunca fez muitos shows no Brasil — apenas quatro vezes em 40 anos. Para muitos, é a última chance de ver Angus Young no palco.

O AC/DC já anunciou mais shows no Brasil além desses três?

Não, até o momento, apenas os três shows em São Paulo estão confirmados. Mas a pressão dos fãs e a resposta do mercado são tão intensas que muitos acreditam que uma quarta data pode ser adicionada — especialmente se houver demanda em outras cidades. A banda costuma reagir à energia do público, e o Brasil já provou que tem essa energia.

Como foi a última vez que o AC/DC tocou no Brasil?

A última apresentação foi em 18 de novembro de 2009, no Morumbi, durante a turnê Black Ice. Na época, o show foi vendido em 72 horas e atraiu mais de 40 mil pessoas. A plateia, em sua maioria, tinha entre 30 e 50 anos — hoje, muitos desses fãs estão levando seus filhos. É uma transmissão de geração.

O que torna essa turnê diferente das anteriores?

É a primeira vez que o AC/DC retorna ao Brasil após a morte de Malcolm Young. Também é a primeira vez que a turnê Power Up chega à América Latina. Além disso, a banda está mais velha, mas mais unida. E isso torna cada nota tocada em São Paulo não só um concerto, mas um testamento de sobrevivência.