Alexsandro Ribeiro e Carlos Augusto brilham na convocação inédita de Ancelotti para a Seleção Brasileira

Alexsandro Ribeiro e Carlos Augusto brilham na convocação inédita de Ancelotti para a Seleção Brasileira

Choque e renovação: Ancelotti mexe com a Seleção

Carlo Ancelotti nem precisou de muito tempo no comando da Seleção Brasileira para fazer barulho. Sua primeira convocação, divulgada para as próximas partidas contra Equador (5 de junho) e Paraguai (10 de junho), pegou a todos de surpresa por um motivo incontornável: Neymar está fora. O maior artilheiro da história da Seleção não foi lembrado, mas o motivo é claro — uma lesão muscular que não tem data exata para recuperação. Ancelotti foi direto na justificativa, frisando que não há espaço para jogador sem condições físicas ideais, por mais importante que seja.

Ao mesmo tempo em que despista com a ausência da maior estrela recente, o italiano abriu espaço para caras novas. Nomes como Alexsandro Ribeiro, lateral em alta no Lille, e Carlos Augusto, que vem se firmando na Inter de Milão, ganharam voto de confiança e vão brigar de igual para igual entre os titulares. Uma aposta que mostra que Ancelotti não está apegado a hierarquias antigas e vai premiar a boa fase nos clubes.

Retornos, promessas e nova receita de liderança

Não é só de novidades que vive a lista do treinador. Figurinhas carimbadas também voltam ao radar. Casemiro, ex-companheiro de Ancelotti no Real Madrid e símbolo de regularidade, retorna com moral. O técnico, aliás, não escondeu o carinho e destacou a personalidade do meio-campista, dizendo confiar muito em seu compromisso dentro e fora de campo. Richarlison e Antony, que estavam sumidos desde outubro de 2023, também ganham mais uma chance para mostrar serviço.

Se os medalhões têm presença garantida, a renovação também tem vez. O goleiro Alisson segue como titular absoluto, mas os olhos de Ancelotti brilharam mesmo para as promessas. O Chelsea mandou dois nomes para esta convocação: Andrey Santos e Estêvão Willian. Eles ainda estão dando os primeiros passos como profissionais, mas ganharam espaço para sentir o clima da Seleção — algo fundamental para o amadurecimento e para a transição suave entre gerações.

Na defesa, o leque é amplo. Danilo e Léo Ortiz, ambos do Flamengo, se juntam a Beraldo (PSG), formando uma linha que mescla experiência do futebol brasileiro com a intensidade das ligas europeias. O treinador buscou jogadores em plena atividade e com ritmo de competição elevado, diferente de outras eras em que a fama contava mais que o desempenho recente.

  • Alexsandro Ribeiro (Lille) e Carlos Augusto (Inter de Milão) assumem papéis centrais
  • Casemiro é exaltado como líder e referência
  • Richarlison, Antony e Alisson voltam a ser opções
  • Jovens talentos como Andrey Santos e Estêvão Willian entram no radar

Mas nem tudo é novidade. O treinador fez questão de destacar o peso de Neymar mesmo fora de combate, dizendo que o craque segue sendo peça fundamental para o futuro da Seleção. Rodrygo, lesionado, também não aparece, reforçando a mensagem: o desempenho físico e o momento atual são decisivos, mais do que nome ou passado.

Essa primeira lista de Ancelotti mostra que a Seleção entra numa nova fase, com equilíbrio entre ousadia e experiência. O desafio agora é transformar essas escolhas em resultados concretos, já nas Eliminatórias, com os olhos no objetivo maior: buscar o tão sonhado hexa.