Ballon d'Or vs FIFA The Best: entenda as diferenças dos principais prêmios do futebol
História e metodologia do Ballon d'Or
O Ballon d'Or nasceu em 1956, nas páginas da revista francesa France Football, como um reconhecimento exclusivo aos melhores jogadores europeus. Na época, a ideia era simples: premiar quem se destacava nas ligas da Europa. Décadas depois, a premiação abriu o pátio, primeiro incluindo jogadores de nacionalidade não‑europeia que atuavam em clubes do continente, e enfim, em 2006, qualquer jogador do planeta podia ser votado.
Essa expansão trouxe nomes como Lionel Messi, que em 2023 recebeu o troféu ainda vestido da camisa do Inter Miami, mostrando que a geografia deixou de ser limite. A votação do Ballon d’Or segue um modelo fechado: jornalistas especializados de todo o mundo recebem fichas e escolhem, em duas rodadas, os cinco finalistas e, depois, o vencedor. Cada voto vale pontos, e o atleta com mais pontos leva a estatueta.
Em 2024, a cerimônia – feita em parceria com a UEFA – aconteceu em 28 de outubro, e o grande destaque foi Rodri, meio‑campo do Manchester City, que conquistou o prêmio ao impressionar tanto individualmente quanto ajudando seu clube a alcançar títulos importantes.
FIFA The Best: origem, votação e expectativas para 2024
Já o FIFA The Best tem um caminho mais recente. Criado em 2016, ele surgiu depois que a FIFA decidiu separar seu antigo "Prêmio Mundial" de 1991. O diferencial está na forma de escolha: quatro blocos de eleitores – treinadores de seleções nacionais, capitães, especialistas afiliados à FIFA e fãs da internet – têm peso igual de 25% cada.
Esse formato democrático pretende refletir tanto a opinião dos profissionais quanto a do público, algo que o Ballon d’Or não faz. A cerimônia de 2024 foi realizada em Doha, no Qatar, e incluiu categorias variadas como melhor goleiro, melhores técnicos, gols mais bonitos e até prêmios de fair play.
Entre os candidatos ao título de melhor jogador masculino, Vinícius Junior, do Real Madrid, saiu como favorito, mas tem que enfrentar nomes de peso como Messi, que ainda brilha em Inter Miami, e Rodri, recém‑eleito no Ballon d’Or. No feminino, a lenda Marta disputará o prêmio de gol mais bonito – categoria que ganhou o nome de sua própria lenda neste ano.
Vale lembrar o intervalo marcado entre 2010 e 2015, quando FIFA e France Football juntaram forças no "FIFA Ballon d’Or". Naquela fase, Messi levou quatro prêmios e Ronaldo, dois. Em 2016, os dois organismos voltaram a seguir caminhos separados, e desde então coexistem duas linhas de reconhecimento, cada uma com seu charme e seu público.
Assim, enquanto o Ballon d’Or carrega quase sete décadas de tradição jornalística, o FIFA The Best traz a cara institucional da FIFA, com um leque de categorias que abraça toda a diversidade do futebol moderno. Entre tradição e inovação, os dois prêmios continuam alimentando debates nas arquibancadas, nos bares e nas redes sociais.
