Goleiro John destaca equilíbrio emocional do Botafogo antes do duelo contra o PSG no Mundial

John pede cabeça fria e atitude coletiva no Botafogo para encarar o PSG
Surpreende ouvir um jogador do Botafogo falar com tanta tranquilidade às vésperas de um jogo gigantesco. O goleiro John, que virou referência defensiva no time, foi direto: está convicto de que a chave para a equipe surpreender o estrelado Paris Saint-Germain no Mundial de Clubes é não se deixar engolir pelo peso da ocasião. "A pressão é deles", repetiu em conversa transmitida pela ESPN, deixando claro que o favoritismo europeu pode ser, na verdade, um aliado psicológico dos brasileiros.
Para o camisa 1, a ideia é manter a turma unida e leve dentro de campo. John insiste na importância de cada jogador não se prender à própria ansiedade ou se preocupar demais em evitar erros individuais. "Quando a gente joga focado no coletivo, o resultado tende a aparecer — independente da camisa do outro lado", afirmou.
No dia a dia do Botafogo, a rotina de preparação está voltada ao fortalecimento da confiança do elenco. O próprio John fez questão de lembrar que o PSG, mesmo com toda a força que ostenta na Europa, pouco conhece o jeito de jogar do Botafogo. "Isso pode ser uma vantagem para a gente. Se conseguirmos impor nosso ritmo, eles vão se surpreender", explicou, sempre com franqueza e sem ares de estrelismo.

Experiência fala alto: repercussão do Mundial dentro do elenco
A fala de John não é isolada. Nos treinos, o clima é de concentração, mas longe do nervosismo que costuma rondar decisivas. O goleiro já coleciona passagens por jogos grandes e sabe o quanto a mente pode influenciar o rendimento técnico. Recentemente, usou exemplo de partidas tensas, como o duelo contra o Atlético de Madrid, para convencer o grupo de que nada se decide antes dos 90 minutos — ou da prorrogação. "Esses jogos ensinam que o emocional faz diferença. Se a gente se desequilibra, facilita para o adversário, que já chega cheio de favoritismo", comentou junto à comissão técnica.
No Botafogo, virou até assunto interno a ideia de "curtir" o jogo contra o PSG. Não significa desleixo: é sobre evitar tensão desnecessária e apostar numa postura leve, que ajude o time a jogar seu melhor futebol. Se funcionou em partidas históricas do passado, por que não agora, diante de um dos maiores clubes do planeta?
O confronto com o PSG é visto não só como chance de colocar o clube carioca na vitrine mundial, mas também como uma espécie de teste definitivo para a solidez defensiva que John tanto valoriza. "Temos trabalhado duro para que nosso sistema defensivo seja um dos mais sólidos do campeonato. Não podemos abrir mão disso agora, mesmo enfrentando grandes estrelas do outro lado", ressaltou.
Para muitos no vestiário, a orientação do goleiro serve de manual para jogos gigantes. O torcedor, claro, fica na expectativa: será que a leveza vira arma contra o PSG milionário? O certo é que o Botafogo chega pronto para mostrar sua personalidade – e, quem sabe, fazer história.