Paulista reinaugura Escola Municipal João Fonseca com reuso de água e salas climatizadas

Reinauguração marca nova fase para a rede municipal
Ar-condicionado em todas as salas, refeitório refeito e uma estação para reuso de água. A Escola Municipal Escola João Fonseca reabriu as portas nesta sexta-feira, em Nossa Senhora do Ó, com uma estrutura que muda o dia a dia de alunos, professores e funcionários. A entrega foi feita pela Prefeitura de Paulista, por meio da Secretaria de Educação, e virou um ponto de encontro da comunidade escolar, vereadores e servidores municipais.
A reforma foi ampla e mexeu no que mais impacta a rotina de quem estuda e trabalha ali: recuperação e modernização de banheiros, reestruturação completa do refeitório, pintura geral, além da manutenção das redes elétrica e hidráulica. O pacote inclui climatização em todas as salas de aula — um pedido antigo de pais e professores, que conviviam com calor e salas abafadas.
O diferencial tecnológico ficou por conta de uma Estação de Tratamento para reuso de água, apontada pela gestão como uma iniciativa pioneira no Norte e Nordeste. O sistema foi pensado para reaproveitar água em atividades que não exigem padrão potável, como limpeza de áreas comuns, irrigação de jardins e alimentação de descargas sanitárias. A ideia é simples: economizar, evitar desperdício e dar um passo real na direção da sustentabilidade dentro da escola pública.
- Banheiros recuperados e modernizados
- Refeitório reestruturado para atender com mais conforto
- Ar-condicionado em todas as salas de aula
- Pintura geral da unidade
- Manutenção elétrica e hidráulica
- Instalação de estação para reuso de água
Para a Secretaria de Educação, a entrega simboliza mais do que obras. O titular da pasta, Gilberto Sabino, resumiu o tom da gestão: cada melhoria empurra a aprendizagem para frente e ajuda a manter a alfabetização no radar. A fala ecoa o que se vê na prática: ambientes mais frescos e organizados reduzem distrações, melhoram a concentração e trazem alunos e professores para um mesmo foco — o ensino acontecendo sem gambiarra.
A gestora da escola, Cristina Bandeira, descreveu o sentimento de quem viveu o antes e o depois. Segundo ela, o retorno às salas climatizadas e com banheiros renovados tirou um peso das costas de famílias e funcionários. O refeitório, redesenhado para fluxo e higiene, era outra demanda antiga. O resultado, diz ela, é um ambiente mais confortável e seguro para crianças e adolescentes.
O prefeito Severino Ramos também reforçou a escolha de investir em educação mesmo com dificuldades de caixa e entraves burocráticos. Para ele, a reinauguração da João Fonseca virou símbolo do que a prefeitura pretende fazer: entregar espaços mais humanos, onde as crianças encontrem condições reais de aprender e onde a comunidade se reconheça.

O que muda na prática para alunos, professores e famílias
Climatizar salas vai além do conforto: reduz fadiga, melhora a atenção em aulas longas e ajuda no rendimento especialmente em períodos de temperatura elevada. Para professores, o novo cenário diminui a necessidade de pausas constantes e cria um ambiente mais estável para atividades pedagógicas, avaliações e projetos.
O refeitório reestruturado permite horários de alimentação mais organizados e menos filas, o que impacta diretamente a rotina escolar. Já os banheiros recuperados são um ponto de dignidade e saúde pública: quando funcionam, evitam interrupções desnecessárias e dão segurança para crianças menores.
A estação de reuso é um capítulo à parte. Em cidades com pressão sobre o abastecimento, reaproveitar água em serviços de limpeza e banheiros alivia a conta e reduz a dependência de caminhões-pipa em períodos críticos. Sistemas desse tipo tendem a baixar o consumo total da unidade e a criar uma cultura de uso responsável desde cedo. O exemplo dentro da escola também chega em casa, com alunos replicando no cotidiano noções simples como separar usos e evitar desperdícios.
Outro efeito esperado é a redução de pequenos improvisos que consomem tempo pedagógico: instalações elétricas revisadas significam menos quedas de energia durante aulas com equipamentos, e a rede hidráulica em dia evita vazamentos e interrupções. Tudo isso soma minutos preciosos no quadro de avisos e horas efetivas de aprendizagem ao longo do ano.
Na cerimônia, além do corpo docente e da comunidade, estiveram presentes vereadores e secretários municipais. A presença política pesa porque destrava outras pautas: manutenção contínua, custeio da climatização e compra de insumos para manter a estação de reuso funcionando. Reforma inaugura, mas operação mantém de pé — e é aí que se testa o compromisso público com a escola.
Com a requalificação concluída, a João Fonseca volta a ser referência para o bairro como equipamento público vivo. Pais querem previsibilidade, alunos querem espaços que convidem a aprender, professores querem estrutura. A entrega de hoje dá um passo nessa direção, com uma mensagem clara: escola pública de qualidade começa no básico bem feito e, a partir daí, abre espaço para novas tecnologias e projetos pedagógicos mais ambiciosos.